quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (29-01-2014 - QUARTA-FEIRA

29 de janeiro de 2014

Correio Braziliense


Manchete: Governo amplia auxílio-moradia para servidores
Uma medida provisória em tramitação no Congresso modifica um benefício amplamente utilizado no funcionalismo público federal: o auxílio-moradia. A MP 632 extinguiu o prazo-limite de oito anos e autoriza por tempo indeterminado o pagamento do adicional, que pode chegar a R$ 4.377. A norma atende especialmente os apadrinhados do governo PT, no poder há 13 anos. Na Justiça, duas decisões também afetam o servidor. O presidente em exercício do Supremo, Ricardo Lewandowski, suspendeu os convênios de adesão ao superplano da Geap. E o Tribunal de Justiça do DF vetou os supersalários de médicos da rede pública, alguns com o contracheque próximo de R$ 50 mil. (Págs. 1 e 2,10 e 20)


As medidas radicais dos emergentes
Turquia, Índia e Brasil adotam medidas drásticas para evitar o derretimento de suas moedas. O BC turco elevou os juros de 7,75% para 12% ao ano. (Págs. 1 e 8)
Entre jantares e conversas
Em Havana, Fidel e Dilma se encontraram por duas horas. Sobre os gastos em Lisboa, a presidente rebateu: “Posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague a minha conta”. (Págs. 1 e 3 e 9)
Vale tudo. Até perdoar
Inimigos ferozes desde a Operação Caixa de Pandora, Roriz e Arruda discutem aliança para as eleições. Também desafeto de Arruda, Luiz Estevão viria a reboque ao palanque. "Na política, não existem inimizades incontornáveis nem amizades definitivas", diz Estevão. (Págs. 1 e eixo capital 20)
Em julgamento, os voos de ldeli
A Comissão de Ética da Presidência analisa hoje as denúncias de uso irregular de helicóptero pela ministra. (Págs. 1 e 4)
Briga por voto acirra a rebeldia de PMs
De olho em 90 mil eleitores, entre policiais e suas famílias, lideranças da categoria incentivam movimentos como a Operação Tartaruga.

Muitos deles admitem abertamente a candidatura. (Págs. 1 e 19)
Polêmica: Maconha opõe Justiça e MP
Juiz do DF absolveu um homem acusado de tentar entrar na Papuda com a erva. Promotores contestam a decisão. (Págs. 1 e 23)
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Estado de Minas


Manchete: Quase no ponto
Primeiros ônibus do BRT da capital chegam às empresas que operarão o sistema

O Estado de Minas flagrou um dos veículos articulados, já pintado e adequado às especificações da BHTrans, na concessionária Cidade BH, em Venda Nova. A empresa é uma das responsáveis pelas 15 linhas da primeira etapa do serviço, batizado de Move, cuja entrada em funcionamento está marcada para o dia 15, nos corredores das avenidas Cristiano Machado, Santos Dumont e Paraná. O cálculo é de que sejam necessários pelo menos 89 ônibus para o início da operação. Mas, no início do mês, as montadoras só garantiam a entrega de 42 até a data da inauguração. As obras nas três avenidas, que estão entre 92%e 94% concluídas, terão de ser tocadas em ritmo acelerado.A Sudecap garante que tudo estará pronto a tempo. (Págs. 1 e 17)
Risco à saúde nas manicures
Estudo feito na UFMG revela que mais de 60% dos salões de BH expõem clientes a doenças por falta de higienização dos aparelhos. (Págs. 1 e 19)
Tragédia no Rio
Um caminhão basculante com a caçamba levantada bateu numa passarela de pedestres derrubando a estrutura, que esmagou dois carros e uma moto na Linha Amarela, na Zona Norte. Quatro pessoas morreram, pelo menos cinco se feriram e o trânsito ficou caótico numa das principais vias da cidade. Algumas pessoas que atravessavam a passarela caíram num córrego entre as pistas e foram resgatadas com vida pelos bombeiros. O caminhão trafegava no local em horário proibido e em excesso de velocidade. (Págs. 1 e 7)
Planejamento: Brasileiro não sabe controlar suas finanças
Pesquisa feita em todas as capitais mostra que oito em cada 10 entrevistados têm pouco ou nenhum conhecimento sobre controle de despesas pessoais. Se recebessem inesperadamente um valor cinco vezes maior que o salário, 68% o destinariam ao consumo. E só 49% têm algum dinheiro sobrando no fim do mês. (Págs. 1 e 11)
Autorizado aeroporto privado em Pouso Alegre (Págs. 1 e 13)


Ribeirão das Neves: Presídio privado terá mais 2.016 vagas até dezembro (Págs. 1 e 18)


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Jornal do Commercio


Manchete: Mutirão pelo emprego (Págs. 1 e economia 3)


Vereadores de Caruaru pedem reajuste (Págs. 1 e 4)


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Zero Hora


Manchete: Rodoviários planejam parar 100% dos ônibus da Capital
Sem acordo com empresas e prefeitura, os sindicalistas prometem greve total a partir de hoje, descumprindo ordem judicial que determina 70% da frota nas horas de pico. (Págs. 1 e 8,26,27 e 47)
Executivo: Diárias batem recorde no governo Tarso
Gasto médio anual é 89,7% maior do que o de Yeda e 68,4% maior em relação ao de Rigotto. (Págs. 1 e 6)
Copa nas ruas: Planalto monta estratégia para evitar violência
Protestos recentes contra o Mundial levam à criação de gabinete informal de crise. (Págs. 1 e 4, 5 e 10)
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Brasil Econômico


Manchete: Dilma decidirá áreas afetadas por corte fiscal
O tamanho da redução no orçamento de 2014, que ainda não foi definida, pode resultar em menor gasto com saúde e educação, duas áreas prioritárias do governo. As alternativas em estudo incluem o aumento da meta de superávit primário para algo entre 1,7% e 2% do PIB. (Págs. 1 e 7)
Algo no ar
Vladimir Putin garantiu, em Bruxelas, que a Rússia vai honrar o compromisso de emprestar US$ 15 bilhões à Ucrânia. Ao mesmo tempo em que tenta esvaziar a oposição em Kiev, ele enfrenta problemas de segurança na Olimpíada de Inverno de Sochi.(Pág. 1)
Governo prepara nova lei para imigrantes
A atual legislação é de 1980 e não atende às necessidades do crescente ingresso de estrangeiros, sobretudo do Haiti, Senegal e Bangladesh. Muitos chegam ao país pedindo asilo político, mas acabam permanecendo na clandestinidade. (Págs. 1 e 4 a 6)
Lei de Responsabilidade Fiscal: Prefeituras atrasam envio de informação
Dados do Tesouro Nacional mostram que 344 prefeituras brasileiras — pouco mais de 6% do total — não haviam encaminhado suas contas anuais referentes a 2012. (Págs. 1 e 8)
Campus Party
Encontro amadureceu: foco agora é em investimentos. (Págs. 1, 12 e 13)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Secretário do MJ não descarta uso das Forças Armadas durante a Copa
 
  • Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira

Rio de Janeiro - Não está descartada a convocação das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança para atuar durante a Copa do Mundo, que começa em junho. A informação foi dada hoje (22) pelo coordenador da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, Humberto Freire, após entrevista à imprensa estrangeira, no Rio.
“As Forças Armadas têm seu papel no eixo defesa e uma das atuações nesse eixo é a de ser uma força de contingência”, declarou o coordenador. Segundo ele, a convocação de militares é uma das possibilidades, mas depende de aprovação da Presidência da República. “O plano da segurança é fazer frente a qualquer ocorrência e essa força de reserva é posta como possível”, reforçou.
O coordenador da Sesge, que é delegado da Polícia Federal, esclareceu que as forças policiais vão atuar para dar segurança às delegações e representantes de governos, além de garantir a realização dos jogos do Mundial. No caso de manifestações, ele confirmou que o planejamento leva em consideração dois tipos de protesto: os “legítimos e legais” e os “violentos e ilegais”.
“Atos de vandalismo e violência criminosa que derivem de manifestação merecerão atenção da segurança e serão coibidos”, afirmou  Freire.
Como parte do planejamento para a Copa do Mundo, a Sesge investiu mais de R$ 40 milhões na compra de armas de baixa letalidade, como balas de borracha, spray de pimenta e tonfas (tipo de bastão semelhante ao cassetete) . “Realmente estamos comprando esse material para suprir os órgãos de segurança pública”, confirmou. Também estão sendo adquiridos equipamentos de proteção individual para os policiais, como escudos.
Para episódios de abuso policial contra manifestantes e jornalistas, o coordenador informou que os policiais recebem treinamento constante e que todas as denúncias devem ser registradas em delegacias de polícia. Em 2013, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabilizou 102 casos de agressão a jornalista durante a cobertura de manifestações, até outubro.
“Atos que, por ventura, sejam realizados com excesso, são apurados e coibidos, como na Copa das Confederações”, disse. Na ocasião, na avaliação do delegado, a atuação das polícias foi eficaz. “Garantimos o evento, a participação dos espectadores e das equipes”, argumentou.
No Rio de Janeiro, a Polícia Civil chegou a abrir inquéritos para investigar abuso de autoridade por parte de policiais militares do Batalhão de Choque. Entre os casos apurados estão o de uma mulher sozinha que foi atingida no rosto com spray de pimenta e o do confronto em frente a uma delegacia após a detenção de 29 pessoas em manifestação no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. À época, o Ministério Público também abriu investigação para apurar as denúncias de excesso policial.
Durante a entrevista, Humberto também não descartou, mediante solicitação prévia, fazer a segurança de jogadores e personalidades fora da agenda oficial de jogos, no horário de lazer, já que eles podem querer fazer passeios pelas cidades. “Caso seja seja verificada a necessidade de deslocamentos extras, isso será reportado aos centros de comando, que avaliarão a estrutura necessária”, explicou.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Artigo do El País descreve um Brasil que só aceita a democracia
 
Em um artigo publicado no El País, Arias diz que o país quer ficar livre das prevaricações de muitas tentações políticas e populistas, como mostrou os protestos de junho do ano passado e este desejo coletivo não tem mais volta. "Hoje os brasileiros esmagadoramente não desiste dos valores democráticos conquistados e com dor e, por vezes, até mesmo sangue", diz o texto. O artigo relata que uma realidade que foi constatada agora é que o Brasil parecia um gigante adormecido, aceitou sem indignação todos os crimes e corrupção cometidos contra a democracia, mas hoje estão desiludidos com a política.
Arias diz que "Brasil perdeu a virgindade de sua adolescência" e só aceita viver agora em uma democracia. "O protesto contra a forma como os políticos agem, a decepção com o comportamento antiético, a ameaça de não votar em massa nas próximas eleições, desinteresse e menos desprezo pela democracia, mas um desejo de formas mais limpas significa mais participativa", destaca o texto. 
De acordo com Juan Arias, enquanto que em países como a Europa cresce um mal estar que tem levado à uma nostalgia pelo passado autoritário, com tentações anti-semitas, no Brasil acontece o inverso. "Eles [brasileiros] lutam para abrir maiores margens de democracia e de protestar contra as possíveis tentações do populismo. Brasileiros querem mais democracia, não menos", ressalta Arias.
O jornalista comenta das conquistas sociais do governo PT, desde a administração Lula e diz que se a presidente Dilma Rousseff renovar o seu mandato, como indicam as pesquisas recentes, o Brasil vai comemorar. E avaliou a consolidação da democracia através dos partidos no decorrer dos últimos 30 anos. Arias faz uma reflexão desta conquista democrática e ressalta que "a possibilidade de viver em liberdade, sem a sombra do medo da polícia ou retrocesso é muito mais importante do que ganhar a Copa do Mundo".
Para o jornalista, o Brasil não precisa mais de líderes ou salvadores, pois é um país moderno, que entrou totalmente na dinâmica do jogo democrático e se sentiu confortável nele. "Ele quer ser, sim, protagonista desta conquista, muito menos sem as mãos daqueles que procuram o benefício dos cidadãos em todas as decisões, deixando-lhes apenas a liberdade miserável de votar a cada quatro anos. E obrigatório".

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Governo cria tropa de choque de 10 mil homens para protestos na Copa

Força Nacional forma policiais para enviar às 12 cidades-sede em 2014.
SP também terá apoio, diz secretário; 'não foi cogitada', diz pasta paulista.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
 

Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes da Copa de 2014. Em algumas, como força de contingência (...) em outros, com função definida. Cada estado definirá isso"
Delegado da PF Andrei Passos
Secretário de Segurança para Grandes Eventos
O governo federal formou uma tropa de choque de 10 mil homens que irá apoiar as polícias militares nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 para conter protestos violentos durante o evento.

São os PMs que integram a Força Nacional de Segurança Pública, treinados desde 2011, segundo o diretor da unidade, coronel Alexandre Augusto Aragon. Eles tiveram o aperfeiçoamento intensificado neste ano após as manifestações de junho, durante a Copa das Confederações.

Criada em maio de 2007 por uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Força é composta por PMs, policiais civis, bombeiros e peritos de todos os estados, que são voluntários e passam por um treinamento diferenciado antes de serem enviados para missões excepcionais e de caráter temporário.
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Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)
“A Força Nacional não é uma força comum. Somos convocados só para momentos de crise, só para missões específicas. Cheguei a ter 42 frentes de operações abertas ao mesmo tempo no país. Para a Copa do Mundo, formamos 10 mil homens em doutrinas de ações de choque, e estamos com condições de atuar em todas as 12 cidades-sede ao mesmo tempo”, afirma o coronel Aragon.

O número de policiais treinados pela Força Nacional para controle de protestos é representativo quando se compara o efetivo das tropas de Choque dos estados: a maioria possui apenas um batalhão, contando com entre 100 e 200 homens com esta qualificação.

Até mesmo São Paulo, que possui a maior Tropa de Choque do país (3 mil homens) e que, mesmo durante ataques de facções criminosas, nunca pediu apoio federal na segurança pública, deve contar com homens da Força Nacional, diz o secretário nacional de segurança para grandes eventos, delegado da Polícia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues.

Segundo ele, os estados deverão concluir até o fim de janeiro o planejamento do que que vão precisar de apoio federal.

A previsão é que, com a experiência da Copa das Confederações, quando houve atuação em 5 estados, a Força Nacional envie soldados para todos aqueles que receberão jogos da Copa.

“Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes. Em algumas, como força de contingência (ficando em espera nos quartéis, sendo acionada só quando precise). Em outras, terá função definida de antemão, como apoio ao policiamento ostensivo, bloqueio de estádios, controle de ruas onde haverá protestos. Cada estado definirá isso”, afirma Rodrigues.

"Temos uma interação absolutamente boa com o secretário de Segurança de São Paulo, Fernando Grella, que já esteve aqui no Ministério da Justiça várias vezes e sabe que esta é um força que está à disposição”, acrescenta o secretário.

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que o plano de segurança para a Copa ainda não está pronto, mas que a hipótese de pedido de apoio da Força Nacional "sequer foi cogitada".

Manifestantes se ferem após início do confronto contra tropa da Força Nacional (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)Manifestantes se ferem em confronto com a Força
Nacional no leilão de Libra, em outubro
(Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Preparação
A decisão de aplicar um curso de controle de distúrbios civis (como são chamados, na linguagem policial, manifestações e protestos) em 10 mil homens ocorreu após uma análise das últimas edições do evento.

“Desde a Copa do Mundo de 1930, os países-sede enfrentam histórico de manifestações. Houve também na África do Sul (2010), na Alemanha (2006) e na Coreia do Sul e no Japão (2002). Já estávamos preocupados com isso antes mesmo dos eventos deste ano, pois não é nossa responsabilidade esperamos pra ver”, diz o coronel Aragon. “A violência dos protestos recentes é que assustou. Tivemos muitos policiais feridos no Rio. Isso gerou aprimoramentos”, afirma ele.

“A doutrina de força de Choque determina que não se chegue muito perto dos manifestantes. Não é uma ciência exata.
No leilão de Libra (em outubro no Rio), houve confronto e fomos atacados, mas tentamos manter uma distância mínima de 30 metros deles. O objetivo era manter o isolamento e impedindo o acesso ao local de onde ocorria o evento”, explica o diretor da Força.
Banhistas tomam sol na praia da Barra da Tijuca, com militares da Força Nacional ao fundo (Foto: Sergio Moraes/Reuters)Durante leilão de Libra, homens da Força Nacional
bloquearam praias no Rio
(Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Quando a Força Nacional é enviada em apoio a um estado, ela fica subordinada aos órgãos de segurança pública locais e recebem missões específicas.

Por exemplo, na final da Copa das Confederações, em que o Brasil bateu por 3 a 0 a Espanha no Maracanã, em 30 de junho, os PMs da Força integravam uma linha de contenção do estádio. Já durante os protestos, foram destinados, pela PM do Rio, para fazer o bloqueio ou conter atos de vandalismo em alguma rua.

Formada por cerca de 12 mil homens, entre policiais militares, policiais civis, peritos e bombeiros, a força atua sempre com caráter temporário e sob portaria publicada no Diário Oficial pelo Ministério da Justiça. Enquanto cedidos pelos estados para uma missão, os policiais continuam como contratados pelo estado e recebendo o salário do estado. Há apenas um adicional: a diária de viagem para a missão, que é paga pelo governo federal, e varia entre R$ 200 e R$ 600 por dia, dependendo do local.  Durante a Copa das Confederações e a visita do Papa, o Ministério da Justiça autorizou o pagamento de diária dobrada para integrantes da PF, Polícia Rodoviária Federal e da Força.
Policiais atiram contra grupo de manifestantes (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)Policiais da Força Nacional atiram contra grupo em
protesto no Rio (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
Robô espião
Para os protestos de 2014, a Força adquiriu um minirrobô espião, que vai monitorar militantes do black bloc: pequeno e de borracha, ele se infiltrará durante os atos de violência para realizar filmagens e auxiliar na investigação dos envolvidos.

“Não posso dar detalhes de como funciona, para que não seja envolvidos. Mas suas imagens vão nos ajudar a entender o que está acontecendo”, diz o coronel Aragon.

A corporação possui uma escola, em Brasília, que padroniza as ações dos policiais de vários estados, seguindo os preceitos da ONU, que, conforme o comandante, autoriza o uso de munição menos letal nos protestos, como spray de pimenta, lacrimogêneo e bala de borracha. Também foi montado, na capital federal, um centro de monitoramento que permite acompanhar em tempo real todas as operações da força pelo país, que vão desde apoio a cidades em caso de greves policiais, socorro em calamidades, enchentes e tragédias, até policiamento de áreas indígenas  e proteção de juízes e autoridades.

“Cheguei a ter 42 operações ocorrendo ao mesmo tempo nos 23 estados e no Distrito Federal. Preciso saber o que está acontecendo em cada uma delas”, afirma o diretor da Força.

                                        

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014